terça-feira, 11 de agosto de 2015

2015/2016

Dois dias passaram e a voz ainda não voltou. Não parar de cantar e gritar durante 90 minutos dá nisto. Mas mais do que isso, acho que o coração, que pensava que já estava habituado a estas andanças, ainda está a recuperar.

Eu disse que vos iríamos comer vivos, eu disse que iríamos roubar essas asas de passarinho que vocês dizem ter,  Nós avisamos. E vocês tiveram medo. E enquanto que nós, cada vez que temos medo, cantamos mais e mais alto, vocês calam-se. Cantam pouco, apoiam pouco, e isso traduz-se em campo.

Orgulho da nossa bancada, orgulho do nosso parque, orgulho na nossa equipa, orgulho no nosso treinador. Orgulho deve ser a palavra mais dita entre sportinguistas, até nos momentos maus, e por isso é que somos diferentes. Este amor é incondicional, especial, incrível, vai para todo o lado connosco.

E para vocês, jogadores deste grande clube, que põem o simbolo que levam ao peito à frente do nome que trazem nas costas, os desde sempre, e em especial para os que acabaram de chegar: Saibam que iremos estar sempre ao vosso lado, mas que somos Sporting Clube de Portugal​ e não perdoamos faltas de vontade, faltas de respeito e faltas de profissionalismo da vossa parte. Esta relação é como um casamento, em que há votos a cumprir. Cumpram os vossos e nós seremos o melhor matrimonio que alguma vez viverão. Perderemos a voz mais mil vezes, gastaremos o dinheiro que for preciso, percorreremos quilometros e quilometros, só para vos ver e para que sintam o nosso amor.

A época 2015/2016 promete.

OBRIGADA PELA SUPERTAÇA!!
SPORTING SEMPRE!!

SL
Singu




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

É amor.

Mesmo não sendo proveniente de uma família sportinguista, desde pequenina que sempre ouvi dizer que os verde e brancos eram diferentes. Tanto, que vivia eu o verde e branco sem nunca ter ido ao estádio, sem nunca ter ganho um campeonato, sem nunca ter ganho... na verdade nada. Era sportinguista, simplesmente porque o era. 

Ninguém me ensinou a sê-lo, nem ninguém fez dele parte da minha educação. Era um adjectivo, como ser bonito, ou engraçado, ou boa pessoa, simplesmente "era-se". 

Muitos contam as histórias de como iam ao antigo estádio de mão dada com o pai, que lhes contava e explicava o que acontecia dentro do campo... Eu invejo essas histórias, e conto sobre a primeira vez que fui ver o Sporting, meio às escondidas dos meus pais, ao estádio... da Luz.

Nesse dia descobri uma coisa: não era só o sportinguista individual que era diferente. A família sportinguista era mesmo diferente. Em nada nos parecíamos com aqueles palermas que gritavam do outro lado das bancadas, que mais pareciam uns animais.

Perdemos, mas nós éramos especiais, e fiquei ainda mais apaixonada pelo nosso grande clube. 

Não. Não é giro ser do Sporting. Não somos sempre felizes, e já fomos muito tristes. Mas é amor.

O verdadeiro amor aumenta nos momentos maus. Aumenta com a distancia, em vez de se desvanecer. Faz parte de nós em vez de ser uma companhia.

Não é uma paixão passageira, que quando começa a dar problemas mais vale dar de frosques.

Nós, os verdadeiros sportinguistas, sabemos disso.

Hoje enchemos o estádio, mais uma vez, e provaremos dentro de campo que merecíamos o empate no jogo anterior.

Hoje enchemos o estádio e ficaremos sem voz mostrando assim que o Sporting Clube de Portugal não se cala contra injustiças por parte da UEFA.

Hoje enchemos o estádio e mostraremos a todos que acreditamos num amor incondicional por um clube.

Hoje enchemos o estádio e, contra tudo e contra todos, vamos ver a nossa equipa a ganhar.


Acreditem, e saiam de casa! Larguem as televisões, e não pensem no frio que faz. Não vão querer estar no café a falar deste jogo daqui a uns anos, a grande vitória do Sporting contra o Shalke 04, e terem a vergonha de dizer que não foram ao estádio pois não?

Hoje enchemos o estádio porque somos diferentes.

Hoje enchemos o estádio porque somos SPORTING.


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Tenho orgulho em ti

Adormeci mal cheguei a casa do jogo, mas acordei agora, às 2:07 da manhã, e não consigo não escrever.

Em 23 anos de vida nunca tinha visto um jogo em casa para a Champions. Já tinha visto no Bernabeu, no Calderón e até na lixeira. Tinha 15 anos a ultima vez que jogamos nesta competição, 16 a primeira vez que vi o Sporting em Alvalade, mas como qualquer amante de futebol, todas as terças e quartas, lá estávamos nós, às 19:45, num zapping entre jogos para tentar não perder nada do que se estava a passar.

19:45.

Aquela hora mágica. Aquela hora em que o futebol começa no seu maior esplendor.

Ao fim de 23 anos, vejo pela primeira vez Alvalade a apitar às 19.45 e a excitação era incontrolável. Contra o Chelsea!!! Dividiam-se as opiniões em relação ao Mourinho, quem adore, quem odeie, faziam-se apostas, havia medo, havia esperança, comiam-se bifanas e a cerveja não podia faltar. Só se queria era chegar a tempo de ouvir o hino. A má organização de um estádio capacitado para 50.000 pessoas não permitiu a entrada de muitos (incluindo a mim) a tempo de ouvir o LA CHAMPIOOONS que todos desejávamos. Mas não interessava, porque o apito já tinha soado e já lá estávamos dentro... “FINALMENTE”!!!

Não me apetece falar de futebol, apetece-me falar de coração.

 Tenho Orgulho. Orgulho dos meus jogadores, do meu treinador, da voz unida em Alvalade que impressionou tanto os ingleses, que acalmaram bastante os cânticos na segunda parte (talvez ajudado pela ressaca que lhes deve ter chegado entretanto).

Tenho orgulho no Rui Patrício, que em tempos odiava e termia cada vez que se aproximava da bola, mas que provou, mais uma vez e até a sportinguistas, que é um grandíssimo guarda-redes.

Tenho orgulho nos estreantes em competições europeias. Sim, porque alguns nem eram estreantes só na Champions, mas em qualquer competição europeia.

 Tenho orgulho no Marco Silva, que soube quando podia arriscar, como arriscar, e não se deixou assustar.

 Tenho orgulho no Carrillo. É verdade, tenho orgulho no Carrillo. Eu. A Singu. Tenho orgulho no quanto cresceu, mas mais do que isso tive orgulho quando foi substituído e foi a correr!!! Em vez de ir a passo de caracol como era antigamente. Parabéns miúdo.

 Tenho orgulho no Adrien, no William e no João Mário, pois foram uns reis contra um meio campo de alta qualidade internacional, experiente, e que no papel não iam dar hipótese. Mas futebol é futebol. Não baixaram a cabeça, não deixaram de suar, não desonraram a camisola.

 Tenho orgulho na nossa curva, que foi incansável. Tenho orgulho no nosso publico que foi elogiado até por Mourinho.

 Tenho orgulho em tudo isto e tenho orgulho em ti. Que foste ao estádio e gritaste e desesperaste e acreditaste. Tenho orgulho em fazer parte da tua família. Tenho orgulho em fazer parte de um Sporting tão bonito, tão unido, tão especial.

Queridos jogadores,

nós acreditamos em vocês, nós acreditamos que vamos longe, nós não desistimos, portanto não desistam. Acordem todos os dias a esforçarem-se um pouco mais, adormeçam todos os dias um pouco mais cansados. Acordem todos os dias um pouco mais cedo para o treino, por muito difícil que seja, mas esforcem-se e não baixem os braços. Não virem as costas ao sucesso. Tenho orgulho em vocês, mas sei que conseguem ser ainda melhores, e quando o forem, vão ver que vale a pena. Vão ver que não haverá maior amor que o nosso. Vão ver que estaremos lá para vocês, mesmo quando as coisas não correrem bem. O futebol é feito de jogadores, e nós somos o vosso 12º jogador. Olhem para as bancadas e tenham também orgulho em nós. Façam isto por nós.

 SPORTING SEMPRE

 SL
 Singu





domingo, 28 de setembro de 2014

Diz-que-são-centrais

Já ninguém pensava noutra coisa desde o ultimo derby. Só queríamos que chegasse sexta-feira, dia 26 de setembro de 2014. Finalmente chegava o clássico, e se nos derbys não ganhamos ha uns anos, Alvalade é o palco onde a equipa do norte perdeu mais pontos na ultima década. A esperança era muita, e acordei com uma pica enorme. Íamos ganhar. Tínhamos de ganhar. 

"Esmerdei-me" (peço desculpa pela palavra, mas muito sinceramente não há outra) toda numas escadas, e torci o pé. Achava mesmo que já não podia ir ao estádio utilizar pela primeira vez a minha primeira gamebox, e chorei. Chorei até decidir que não ia ser um pé do tamanho de uma melancia que me ia impedir de ir ver o meu grande amor. 

Uma primeira parte magistral. Convenceram-me que iríamos ganhar tranquilamente, sem haver grandes sustos, a não ser quando os nossos diz-que-são-centrais tocavam na bola. Mas na primeira parte nem tocaram tanto, pois tínhamos um meio campo em forma, inspirado, que não deixava passar nada, com um William, um Adrien e um João Mario (que desde a primeira jornada digo que deveria ser titular, e toda a gente me manda calar porque "sou rapariga e não percebo nada disto") em modo genios. 

Nos cantos, confesso que ainda não percebi a maneira deles se posicionarem, que na maior parte, se houver um ressalto, não há ninguém para o apanhar e rematar. Ou se houver, normalmente há algum problema na área e os nossos jogadores em vez de irem à bola e seguirem com o jogo, distraem-se a refilar com o árbitro (como aconteceu no grande remate do Capel, em que poderia ir lá uma segunda vez, mas estava mais ocupado a refilar). E por diversas vezes aconteceram situações destas, mas hei de fazer um post apenas sobre este assunto, pois tenho uma teoria muito profunda sobre ele.

Na segunda parte desaparecemos. É difícil aparecer com uma equipa toda amarelada, e a levar cacetada por todos os lados e a vê-los a sair impunes. É difícil aguentar 90 minutos a controlar um Porto com uma grande equipa mas ainda pouco estruturada. Lopetegui vai experimentando, e vai vendo o que passa, como numa pre-época, mas com um banco que dava para outro Porto de grande qualidade. E se na primeira parte não resultou, na segunda fomos papados. Nani desapareceu, William está gordo e não aguenta 90 minutos (mesmo que continue com grande qualidade perde força e a pouca rapidez que tem apartir dos 60 minutos), Carrillo começou a desistir, Jonathan Silva ficava a vê-los passar, e os diz-que-são-centrais passaram a tocar demasiado na bola, o que resultou num auto-golo, e num quase auto-golo passado 5 minutos, porque pior do que fazer asneira é só mesmo repetí-la. 

Estivemos bem, honramos a camisola, lutamos pela vitória. Este desabafo pode parecer muito critica não construtiva, mas ainda não quis reflectir sobre as soluções que temos para os nossos problemas, porque já estou demasiado concentrada em terça-feira.

Vamos a Alvalade voltar a ouvir o hino da Champions?

SL 
Singu



domingo, 14 de setembro de 2014

Está na altura de voltar a ser sportinguista.

Não sejam injustos. Não sejam sportinguenses. Não voltem aquilo que éramos há dois anos atrás. Não comecem a exigir o despedimento do treinador, ou a dizer mal do Adrien, que há uma semana atrás exigíamos na selecção e agora já é horrível, péssimo, e tem é de ir com os porcos, como vi por aí na internet.

 Muito sinceramente, gosto mais da forma de jogar do Sporting deste ano. Temos mais capacidade de controlar, fazemos jogadas brilhantes, aprenderam a passar e a controlar a bola, mas a finalização... Não sei como é que eles treinam, não sei se é o Rui Patricio que está em tão má forma que nos treinos marcam-lhe golos e acham que todos os guarda-redes vão sofrer golos assim. Não sei se treinam com um poste e não perceberam que o objectivo não é acertar nele. Não sei se têm tromboses cerebrais cada vez que se aproximam da baliza contraria ou sofrem um surto psicótico qualquer que os faz pensar que o guarda-redes adversário é o nosso Rui Patricio. Não sei o que é que se passa ali, mas sei que a paciência que estou a pedir aos meus companheiros sportinguistas, também não durará muito por estes lados.

 Mas por enquanto acreditem, sonhem, rezem por um milagre na Champions. Não comecem a agoirar e a dizer que vamos levar na pá como contra o Bayern, porque embora isso já me tenha passado pela cabeça, não podemos deixar que isso nos invada o pensamento e consuma as forças que começávamos a recuperar depois de uma geração Roquette que quase nos derrubou a todos.

 Está na altura de sofrer, como sofríamos antigamente. Não na altura Godinho, que sofríamos mais fora do campo do que dentro, tendo em conta que dentro dele já sabíamos que não havia nada a fazer, apenas nos resignávamos a um mau futebol e a continuar a gritar aos ouvidos moucos de quem dirigia e representava o nosso clube. Está na altura de sofrer com jogadas boas, que depois vemos que não dá em nada. Está na altura de sofrer com faltas inventadas, insultos à inteligência dos adeptos, e cartões dados a jogadores nervosos porque também sentem o nosso nervosismo. Está na altura de perder as maneiras, de saltar a refilar e de voltar a ouvir os lampiões a gozarem connosco porque já deixaram de ter pena de nós para não gozar. Está na altura de voltar a sofrer com golos que não são golos, mas que até chegamos a gritar por eles porque daquele ponto de vista no estádio “parecia imeeeenso”!!! 

Está na altura de voltar a ser sportinguista.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Pensamentos pre-Gana


Escrevi isto antes do jogo Portugal- Gana:

Numa altura em que estamos já praticamente eliminados do campeonato do mundo, as criticas a Cristiano Ronaldo voltam a ser o tema do dia. Porque ele não corre,  porque ele não chuta, porque ele não se esforça. Somos Cristiano-dependentes, porque se ele não joga no seu máximo, a seleção portuguesa não mexe a ponta de um corno, mas a população portuguesa esquece-se que sem ele, pior seriamos.

Cristiano é, hoje em dia, uma obrigação. Uma obrigação por deve tudo a todos os portugueses. Na verdade foram os portugueses que o ajudaram a melhorar ao longo de todos estes anos. Na verdade, todos aqueles que apoiavam o messi e assobiavam o Ronaldo, era tudo uma estratégia para o apoiar, e portanto ele agora DEVE-LHES um campeonato do mundo. Não interessa se está lesionado, se se está a prejudicar fisicamente por andar a jogar em esforço, quando tem contratos milionários que dependem da recuperação dele após o mundial. Não interessa se, em declarações antes do campeonato disse “doer? Dói sempre um bocadinho, mas não vai ser isso que me vai impedir de jogar”. Não interessa, se o Real Madrid fez a pressão que fez para o impedir de entrar em campo, e ele mesmo assim entra em campo e tenta ajudar a seleção portuguesa.

A seleção portuguesa (.... ou a piada portuguesa?) foi desmontada por Paulo Bento, que estragou o ultimo mundial de qualidade em que Ronaldo vai participar. Claro que aos 32 ainda poderá vir a jogar, mas não nos enganemos... não será O Ronaldo. Mas Paulo Bento e companhia decidiram que este ano o Cristy ficava-se pelos oitavos, a ser humilhado pela Alemanha e pelos Estados Unidos.
Paulo Bento decidiu que, de todos os que poderia levar ao Brasil, tinha de levar os com quem se dava melhor, porque quem é que quer levar pessoas chatas e de quem não gosta para ir de férias? E o resultado foi uma palhaçada de velhos e festival de lesões que envergonham todo e qualquer português, e se podemos gozar com os espanhóis? Sim, mas foram apenas três dias. E se podemos ficar contentes com a chegada do mundial? Sim, mas foram apenas três dias.

Eu gostava da selecção. Gostava de finalmente torcer pela mesma equipa que o meu pai, ou que os meus amigos lampiões, e estarmos todos do mesmo lado. Ninguém me tirará as memorias do euro 2004, em que éramos realmente uma nação a torcer por uma equipa. Mas lá está, aquela era uma equipa...

Eu gostava da selecção até ser uma passarela de penteados e bigodes e, este ano, de lesões. Eu gostava da selecção até pegarem no conceito de “escolher os melhores jogadores de um país e construir uma equipa” e transformarem em “escolher os jogadores que eu quero valorizar porque ainda ganho uns trocos”. Eu gostava da selecção...

Agora não gosto da teimosia do Paulo Bento, não gosto da dependência ao Cristiano Ronaldo, não gosto da estratégia “pega na bola, passa ao Cristy e ele que se arranje. Nós ficamos aqui a ver”, não gosto que andem a gozar com a nossa cara e a cancelar treinos quando estamos praticamente fora do mundial, não gosto que o treinador tenha a lata de, depois de cancelar treinos, culpar a equipa medica pela quantidade de lesões. Não gosto que o treinador, depois de convocar jogadores que mal jogaram durante este ano inteiro, culpe a equipa medica ou o “cansaço físico” para justificar lesões. Não gosto da quantidade de lesões. Não gosto de jogadores com “tranquilidade”, jogadores que nem deviam ser considerados “representantes de Portugal” nem a jogar ao berlinde!

Ainda assim, e mesmo sem qualquer realismo, eu acredito no apuramento. Afinal, sou sportinguista, vivi a minha vida toda a acreditar até ao fim. Vivi a minha vida toda a levar com 90 minutos de sofrimento, quer fossem dar em vitórias ou derrotas, Sporting é sofrimento. Aprendi a acreditar nas minhas equipas, mesmo quando não mandam uma para a caixa (como no ano passado) e aprendi a acreditar no símbolo que levam ao peito, mais do que nos jogadores. Acredito na força daquele símbolo, como acredito na força do símbolo do melhor clube português, que já em tempos de adversidade e contra todas as probabilidades, deu incentivo a jogadores que nem sabiam fazer um passe e levaram-nos à vitória.


Eu peço desculpa, mas eu acredito.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O 11 inicial contra o Gana

- Cristiano Ronaldo na baliza. (Só para verem o quão melhor do mundo é, quando está mal das canetas vira guarda redes).
- Eduardo a defesa esquerdo (o guarda redes do Sporting de Braga diz se preparado para assumir este novo papel e com vontade de ajudar a equipa)
- Pepe, que promete controlar - se e voltar a aproximar-se mais da especie humana que da canina.
- Bruno Alves, que, em comentários ao ultimo jogo, confessa que se podia ter levantado antes do chão, deixando o jogador norte americano em fora de jogo, mas que aquele relvado relembrava demasiado o quão boa a sua caminha é e portanto pede desculpa e compreensão a todos os portugueses.
- João Pereira, que diz que até quinta feira é capaz de aprender a fazer cruzamentos menos previsíveis, mas que não é capaz de prometer nada.
- Raul Meireles, cuja barba não assusta ninguém e a prova disso é que ainda leva cotoveladas de americanos de rastas. De rastas!!! Peace and Love menos para os taliban.
- Miguel Veloso, que depois do mundial vai voltar à vida de modelo da Fátima Lopes porque isto do futebol dá muito trabalho e o cabelo anda a ficar muito despenteado com aquela humidade toda.
- João Moutinho, aquele que desaprendeu em apenas um ano tudo o que aprendeu no Sporting Clube de Portugal.
- Nani, que depois de ficar sem jogar meses, também se queixa de cansaço físico.
- Beto, na posição que costuma ser de
Ronaldo.
- E por último Quaresma, que bate nos árbitros todos e ameaça a família deles para que o deixem vir salvar o dia.


E não, o William só joga quando não houver mesmo mais ninguém, porque o William, na verdade, não joga nada e vale zero.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

a pior. altura. do. ano.

Ai (suspiro), esta altura do ano, esta sem competições de futebol, é horrível. Esta altura do ano em que todos os jogadores se andam a "passear" de um lado para o outro porque estão todos apontados a todos os clubes por todos os milhões que os jornais decidirem inventar. Esta altura do ano em que como não há noticias desportivas, os respectivos jornais desportivos decidem inventa-las.

Odeio esta altura do ano. Esta altura do ano em que as politiquices vêm todas ao de cima, onde se fala demasiado da parte estrutural e financeira dos clubes. Aquela em que não há jogos para ver, mas, como é ano de mundial, há demasiadas reportagens sobre o que é que os jogadores comem, e onde é que fazem as suas necessidades.

Odeio esta altura do ano, porque nada do que se passa no futebol nestes dias me interessa minimamente. Não me interessam as contas do clube, não me interessa as bocas irónicas do Bruno de Carvalho, nem as reacções dos palermas dos outros presidentes de clubes. Não me interessa quem vai para onde, só me interessa quem fica. Porque eu tenho confiança no meu presidente, embora muitas vezes me falte um pouco a paciência. 

Eu gosto do futebol puro e do futebol verdadeiro. Dos 22 palermas a correr atrás de uma bola, especialmente se 11 desses palermas andarem com camisolas verde e brancas vestidas. Gosto de trivelas, de fintas, de chapelinhos, de ponta pés de bicicleta, de cuequinhas, de cantinhos do Morais, de 5-3, de finais europeias que parecem decididas até ao minuto 93. Gosto de reviravolta, de gritar golo, de um tremoço e uma imperial, num café com amigos todos a olhar para a televisão, ou gosto de ir ao estádio e ir para lá 3 horas antes conviver.


Não me peçam para me pronunciar sobre os negócios, as auditorias, o que quer que seja. Não me interessa falar sobre isso. Gosto de futebol, puro futebol, e para a semana voltaremos, finalmente, a poder falar de futebol.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Há dez anos atrás havia uma selecção..

Há dez anos atrás vivíamos um sonho. Estávamos na final de um campeonato europeu, em casa, contra a Grécia. A única equipa durante toda a competição que tinha sido capaz de nos derrotar, acabaria por ganhar o título, mas ninguém nos tira os jogos até lá. Ninguém me vai roubar a memória de um jogo contra Inglaterra, que para todos estava perdido. Ninguém me vai roubar a memória de um jogo contra a Holanda, que para todos estava perdido. Ninguém me vai roubar a memória do puto Cristy, ainda leve como uma pena, a chorar como se não houvesse amanhã. 

Há dez anos atrás a nossa selecção era motivo de orgulho. Figo, Pauleta, Rui Costa, Deco, eram os nomes que nos enchiam de esperança, que nos faziam gritar golo, que nos davam ansiedade de um jogo para o outro. Tinha 13 anos. Vivi aquela selecção como não voltei a viver nenhuma outra.

Há dez anos atrás, não olhei para a nossa convocatória e fiquei ofendida, há dez anos atrás não achava que o futebol era tão controlado pelo dinheiro. Há dez anos atrás amava o desporto e amava aquela equipa. Há dez anos atrás tinha a ilusão de ganhar aquela competição, por muito pouco provável que pudesse parecer. Há dez anos atrás não pensava que seria a ultima vez que viria a sentir isso. 

Há dez anos atrás havia uma selecção. Hoje? Hoje há um negócio. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Cabeçudos do norte vs lampiões

Os cabeçudos do norte ficam lá no norte. Os cabeçudos do norte sabem ganhar, e não chateiam tanto como vocês com os vossos "curvem-se" e coisas do género. Os cabeçudos do norte não me irritam cada vez que abro o facebook. Os cabeçudos do norte não saíram da toca este ano, em que de repente descobri muito mais amigos benfiquistas, que antes nem fazia ideia que o eram e que antes nem ligavam a futebol.

E pior do que saírem da toca para serem benfiquistas, é saírem da toca para serem lampiões. Os cabeçudos do norte não se suportam. Mas nesse caso suporto menos o clube do que os adeptos. 

No caso do benfica suporto menos os lampioezinhos rasca que para aí andam, que agora se queixam porque "gostava que festejassem a vitória contra o porto ao nosso lado", tudo porque, coitadinhos, no ano passado gozamos com o 92, quando levamos escafias gigantes nos últimos 10 anos. 

O benfica merece ganhar tudo nas competições portuguesas. É um facto que ninguém pode negar. É um facto que eu nunca neguei. E mesmo assim tenho de levar com queixucas palermitas porque decidi não virar benfiquista? É esse o vosso problema? Temos pena. Sportinguistas não são adeptos de vitórias e de títulos, por muito parvo que isto possa soar. Ser Sportinguista não é andar a comparar quem é que ganhou a liga ou a taça que ninguém liga. Portanto, ser Sportinguista é especial e não se esquece, muito menos na nossa melhor época dos últimos anos.