Pronto, já chega de benfica e vamos lá falar do que
realmente nos importa aqui: Sporting Clube de Portugal.
Eu não sou católica. Não sou, não acredito na
igreja, não percebo muito bem quem acredita, embora respeite e até já tenha
sido aluna de um colégio católico. Mas este ano rezei mais que nunca. Rezei, e
gritei por Deus, e tudo e mais alguma coisa, mais que nada porque não estava a
acreditar no que estava a acontecer.
A meio da pré-epoca percebi logo que não valia a
pena. Pela primeira vez ainda era verão quando disse pela primeira vez “pronto,
fica para o ano”. Pela primeira vez ia
ver os jogos só pelo Sporting, e porque a curiosidade mata se não, em vez de ir
com a esperança de o ver ganhar. Também é verdade que pela primeira vez perdemos
tudo a dia 9 de Novembro, o que fez com que os nossos objectivos ficassem aquém
daquilo que merece o nosso grande clube.
Dizem-nos que não devíamos preocupar-nos com os
jogos dos outros, e preocupar-nos sim com o não ir à Liga Europa para o próximo
ano, mas a verdade é que não merecemos ir a sitio nenhum. Nem esperava chegar
ao fim da época e ainda ter essa mínima hipótese.
Foi um ano triste, conturbado. Começamos com Sá
Pinto, que apenas gostava de brincar aos treinos e dizer Sporting com muita
força e a gritar, o que fez com que os jogadores chegassem mais que gordos ao
inicio da época oficial. Aqui estabilidade passa a ser apenas um sonho. Andou o Oceano a fingir que era alguma coisa
parecida a um treinador. O coitado não vale definitivamente para o posto mas
pronto, era para fazer tempo até se encontrar um decente (ou não foi nesta
altura que isto passou? Já nem me lembro bem). Depois de uma paragem de 15 dias
ou lá o que foi, na antevéspera de um jogo, o nosso grande Godinho Lopes,
decide ir buscar o Vercau-não-sei-quantas. Pronto, esse... nem se sabe bem o
que é que andava a fazer. A passear e a ganhar dinheiro. Depois esse também não
resultou e o Jesualdo, que tinha chegado ao clube como “treinador manager”
(posto que continuo sem compreender), assume as funções de treinador. Depois de
muito tempo e Godinho Lopes demite-se e há eleições antecipadas, para não
variar. E de aí vem Bruno de Carvalho, o novo presidente.
Acaba-se a época em 8º (com sorte), dois
presidentes, três e meio treinadores, jogadores gordos e sem qualidade, e
metade da equipa B a tirar sitio aos da A.
Pior que tudo é que se acaba com metade da equipa B
a subir à titularidade na A, sem renovar contrato portanto serão vendidos com
facilidade. Ricky sai, e mesmo que não gostassem nada dele, neste momento não
temos alternativas. Rui Patrício também, que pelos vistos foi homenageado no
ultimo jogo (eu estava lá e só vi a homenagem ao Ricky mas pronto dizem que
existiu). Ofereceram-lhe não sei quantas coisas portanto sinal que sai. Capel
também. Rojo sai. Por favor o Joãozinho que saia. Ilori e Bruma com propostas.
Jeffren espera-se que baze. Labyad também. E tustos para comprar alguma coisa
há zero. Portanto das duas uma: ou vamos ao mercado dos zeros, ou para o
próximo ano os jogos do Sporting vão ter de ser obrigatoriamente ao domingo à tarde,
porque às 10 da noite mais de metade já vai ter de estar na caminha a beber
leitinho prontos para dormir.
Vamos ter uma equipa de jovens, de putos. Vamos ter
de ter paciência. Vamos ter de relembrar-nos todos os dias que o Sporting somos
nós, e que não podemos desistir dos nossos rapazes. Estamos em recuperação de
17 anos de maus-tratos. De abusos. De mulheres a receberem do clube 25.000€ para
andar na brincadeira dentro dos escritórios, if you know what I mean. Um ano de
um presidente que diziam que andava a por dinheiro no clube. Pois, a comprar a
titulo pessoal o passe dos jogadores por valores patéticos. Anos e anos de
presidentes que apenas gozaram com a nossa cara e enganaram e mentiram.
Agora é altura de ter paciência. De esperar que o
leão acorde de novo depois de uma doença que o deixou à beira da morte.
O Sporting é a camisola, não são os jogadores. O Sporting
é o nosso amor, não o nosso interesse. O Sporting somos nós.
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