domingo, 28 de setembro de 2014

Diz-que-são-centrais

Já ninguém pensava noutra coisa desde o ultimo derby. Só queríamos que chegasse sexta-feira, dia 26 de setembro de 2014. Finalmente chegava o clássico, e se nos derbys não ganhamos ha uns anos, Alvalade é o palco onde a equipa do norte perdeu mais pontos na ultima década. A esperança era muita, e acordei com uma pica enorme. Íamos ganhar. Tínhamos de ganhar. 

"Esmerdei-me" (peço desculpa pela palavra, mas muito sinceramente não há outra) toda numas escadas, e torci o pé. Achava mesmo que já não podia ir ao estádio utilizar pela primeira vez a minha primeira gamebox, e chorei. Chorei até decidir que não ia ser um pé do tamanho de uma melancia que me ia impedir de ir ver o meu grande amor. 

Uma primeira parte magistral. Convenceram-me que iríamos ganhar tranquilamente, sem haver grandes sustos, a não ser quando os nossos diz-que-são-centrais tocavam na bola. Mas na primeira parte nem tocaram tanto, pois tínhamos um meio campo em forma, inspirado, que não deixava passar nada, com um William, um Adrien e um João Mario (que desde a primeira jornada digo que deveria ser titular, e toda a gente me manda calar porque "sou rapariga e não percebo nada disto") em modo genios. 

Nos cantos, confesso que ainda não percebi a maneira deles se posicionarem, que na maior parte, se houver um ressalto, não há ninguém para o apanhar e rematar. Ou se houver, normalmente há algum problema na área e os nossos jogadores em vez de irem à bola e seguirem com o jogo, distraem-se a refilar com o árbitro (como aconteceu no grande remate do Capel, em que poderia ir lá uma segunda vez, mas estava mais ocupado a refilar). E por diversas vezes aconteceram situações destas, mas hei de fazer um post apenas sobre este assunto, pois tenho uma teoria muito profunda sobre ele.

Na segunda parte desaparecemos. É difícil aparecer com uma equipa toda amarelada, e a levar cacetada por todos os lados e a vê-los a sair impunes. É difícil aguentar 90 minutos a controlar um Porto com uma grande equipa mas ainda pouco estruturada. Lopetegui vai experimentando, e vai vendo o que passa, como numa pre-época, mas com um banco que dava para outro Porto de grande qualidade. E se na primeira parte não resultou, na segunda fomos papados. Nani desapareceu, William está gordo e não aguenta 90 minutos (mesmo que continue com grande qualidade perde força e a pouca rapidez que tem apartir dos 60 minutos), Carrillo começou a desistir, Jonathan Silva ficava a vê-los passar, e os diz-que-são-centrais passaram a tocar demasiado na bola, o que resultou num auto-golo, e num quase auto-golo passado 5 minutos, porque pior do que fazer asneira é só mesmo repetí-la. 

Estivemos bem, honramos a camisola, lutamos pela vitória. Este desabafo pode parecer muito critica não construtiva, mas ainda não quis reflectir sobre as soluções que temos para os nossos problemas, porque já estou demasiado concentrada em terça-feira.

Vamos a Alvalade voltar a ouvir o hino da Champions?

SL 
Singu



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